domingo, 28 de dezembro de 2008

Feliz Natal









Que todos vcs que visitam o blog e professores de Educação Fisica tenham tido um Feliz Natal. Desculpem o atraso, mas tambem estou curtindo meus familiares. bjs

Despedida da Profª Eliene


A professora Eliene deixou o setor pedagógico. A partir de 2009 ela vai trabalhar em Porto Velho. Sabemos que para vc Eliene vai ser bom, pois vc vai estar perto da sua familia, para nós uma grande perda, pois vc além de competente é doce, carinhosa, sabe ouvir, compartilha conosco as dificuldades do dia a dia e como quem não quer nada sempre indica uma direção. Obrigado por tudo. Muitos beijos e sucesso no seu novo caminho.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Assembléia Geral, no dia 18 de dezembro - CREF

Convocação

A Coordenadoria do CREF8-RO, convoca todos os Profissionais de Educação Física para Assembléia Geral
que avaliará e dará encaminhamento nas questões discutidas na Plenária realizada em Manaus, entre outros assuntos. A Assembléia acontecerá no dia 18 de dezembro do corrente (quinta-feira), no auditório da Biblioteca "Francisco Meireles", situada na esquina das ruas José Bonifácio e José do Patrocínio, próxima do Palácio "Tancredo Neves", tendo início às 9h30min.

Participem!!!!!!!!!Divulguem!!!!!!!Mobilizem!!!!!!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Agita Nova Brasilia


Professor Edson Junior fechou seu ano letivo realizando um Agita Nova Brasilia, o mesmo vem realizando ações além das aulas de Educação Fisica. Parabéns colega, que vc mantenha o folego por muitos anos. Os estudantes agradecem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO CEC

Nos dias 4 e 5 de dezembro, eu Tânia Mara e a profª. Nilza, estivemos em Porto Velho participando da reunião da Coordenadoria de Esporte e Cultura. O objetivo da reunião era de planejar as ações para 2009 e avaliar as executadas em 2008.

No dia 4 – Horário matutino, 1º Momento - Aconteceu a cerimônia de abertura com a presença da profª. Marli Cahulla ( Secretária Estadual de Educação), profº. Pascoal de Aguiar ( Secretário adjunto da Seduc), Profª Irany Freire (coordenadora Pedagógica) e Profª Márcia Cassol ( Coordenadora do CEC). Na oportunidade a secretária cobrou muito empenho do CEC, no sentido de eleger uma equipe competente e profissional para desenvolver as ações do CEC. Após as falas das autoridades os quais reforçaram a importância da Educação Física, Esporte e Cultura, houve a entrega de 1 computador para cada Coord. De Educação Física/REN/SEDUC.

2º Momento – A professora Márcia de Lourdes Cassol justificou as dificuldades em estruturar a Coordenadoria e desenvolver ao mesmo tempo os eventos, uma vez que a mesma foi criada neste ano. Informou que o processo dos kits esportivo está concluído e o mesmo será entregue no início do ano letivo 2009.

3º Momento – A equipe do CEC – (Josinete, Janete e Luizete) apresentou os projetos: Escola Aberta e Mais Educação.

4º Momento – A Professora Telma responsável pelos eventos culturais, disse que para a Cultura, pretende desenvolver duas ações, sendo a 1ª uma capacitação de Recursos Humanos em Cultura Escolar, oferecendo oficinas de dança, teatro e música. Na 2ª ação, ficou a promoção da Mostra Cultural a nível municipal, regional e estadual.

Horário Vespertino – Professor Fábio, apresentou os programas do CEC, sendo: Educação Física Escolar, Esporte na Escolar, CER, JOER, Jogos Escolares Especiais, Olimpíadas Escolares, Mostra cultural (Teatro, dança, Música), Escola Aberta e Mais Educação. Posteriormente avaliou as dificuldades encontradas para realizar os jogos, justificando-as e nos orientando como proceder com as firmas que prestam serviços.

Professor Lênis, apresentou a Lei de incentivo ao esporte e sobre os recursos Integração Escola Comunidade, orientando como proceder para ter acesso ao recurso. Informou ainda:

- que pode haver projeto de treinamento específico para atletismo e natação juntando alunos de várias escolas.

- que estão empenhados em corrigir a legislação da Educação Física, para garantir que o professor de Educação Física fique com as aulas de 1ª a 5ª série do Ensino Fundamental.

- que estarão criando um site para atender as necessidades da área, com: Histórico, Legislação, Regulamentos, Processos, Tramitação de documentos, Lista de Campeões/08, Termo de Adesão/09, Inscrição de Atletas e Escolas, entre outros.

No dia 05/12 – Horário matutino e vespertino, o assunto foi elaborar uma proposta para realizar os Jogos Escolares para 2009, ficando:

  • Inter classe - Março
  • Municipal – Abril/ Maio
  • Regionais (CER) – Maio/junho

- Metropolitano – Porto Velho

- Cone Sul – Colorado ou Vilhena

- Centro – Espigão do Oeste ou Pimenta Bueno

- Zona da Mata – Alta Floresta

- Noroeste – Jaru

- Norte – Ariquemes

- Parecis – Buritis

- Centro oeste – Ouro Preto ou Alvorada

- Mamoré – Guajará-mirim

- Guaporé – Costa Marques

  • Final : Junho/Julho/Agosto

- Categoria Infantil – Porto Velho – 27/06 a 04/07/09

- Categoria Juvenil – Ji-Paraná - 14 a 21/08/09

  • Jogos Escolares Especiais

- De 20 a 24/10/09 – Rolim de Moura

  • Olimpíadas Escolares

- Infantil – 10 a 20/setembro/09 – Poços de Caldas-MG

- Juvenil - 05 a 15/novembro/09 – Londrina-Maringá

ATENÇÃO: Não esqueça que referente a CER e JOER os locais e datas são proposta, ainda serão negociadas com representantes de ensino e prefeitos.

A reunião encerrou-se com sugestão de melhorias elaboradas por todos os participantes.


__________________________________

Professora : Tânia Mara Suematsu Vagetti

Coordenadora de Ed. Física/REN/Ji-Paraná

sábado, 6 de dezembro de 2008

Curso técnico nível I II e III da confederação brasileira de voleibol 2009

O senhor Edvaldo Araújo - Diretor de Oficiais da Federação Rondoniense de Voleibol, esta encarregado pelo Presidente da Federação, para realizar no ano de 2009 o CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE VOLEIBOL NIVEL I, II E III. Um curso realizado pela FRV e ministrado pela CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL.
O mesmo está
fazendo uma pesquisa com os colegas da profissão, no sentido de verificar os interessados em participar, pois os instrutores serão pessoas de grande gabarito no cenário mundial e brasileiro (instrutores internacionais)

Interessados ligar para Edvaldo (69)9207 3425

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Jogos Escolares Especiais - Jogo Bocha

Resultados de Ji-Paraná - Jogos Escolares Especiais

Parabéns a todos os alunos atletas que participaram dos jogos escolares especiais. Voces deram um show de comportamento, superação e alegria de viver, como também nos resultados dos jogos, obtendo:

RESULTADO DA MODALIDADE DE ATLETISMO

25 metros Feminino/Prova Adaptada –

1º Lugar - Roseli Salustiano – Apae – Ji-Paraná – 8’28

25 metros Feminino/Prova Adaptada

1º Lugar – Ailton V. Diones - Apae – Ji- Paraná – 10’05

200 metros Feminino

1º Lugar – Leiliane Rodrigues - Apae – Ji- Paraná – 35’32

Arremesso de Peso

1º Lugar – Wuellen Bergamim - Apae – Ji- Paraná – 7,32 metros

3º Lugar – Juares Souza (DA) – Apae – Ji-Paraná - 7,96 metros

2º Lugar – Marlene Paes - Apae – Ji-Paraná – 6,86 metros

2º Lugar – Solange Nogueira - Apae – Ji-Paraná – 5,09 metros

Lançamento de Pelota

1º Lugar – Ludio Freitas - Apae – Ji- Paraná – 9,70 metros

2º Lugar – Odair Rocha - Apae – Ji- Paraná – 6,64 metros

2º Lugar – Roseli Salustiano - Apae – Ji-Paraná – 7,22 metros

Salto em Distância Adaptado

1º Lugar – Gislaine Ferreira - Apae – Ji-Paraná – 0,77 metros

Salto em Distância Adaptado

1º Lugar – Mário Brasiliero - Apae – Ji-Paraná – 1,36 metros

3º Lugar – Ailton Vaz Dianes - Apae – Ji-Paraná – 0,72 metros

Salto em Distância

1º Lugar – Jéferson Barcelos – CEEJA – 4,09 metros

1º Lugar – Leiliane Rodrgiues - Apae –Ji-Paraná – 3,00 metros

Revezamento 4x100 –

1º Lugar - Apae – Ji-Paraná – 1’09”97

100 metros DA

3º Lugar – Vanúbia Aparecida – CEEJA – 19’1

4º Lugar – Viviane Amorim – CEEJA – 19’6

400 metros DA
2º Lugar – Cleonice Alves – CEEJA – 1’21’3

RESULTADO DA MODALIDADE DE NATAÇÃO

DM A3 – Tempo Acima de 20”00

3º Lugar – Luis Mario – Apae – Ji-Paraná

25 metros livre

1º lugar – Juliana – M Rondon – Ji-Paraná – 26”75

25 metros costa

2º lugar – Jefferson /carvalho – CEEJA – Ji-Paraná – 27”12

Classificação final por equipe – Natação

4º lugar – Masculino -Ji-Paraná

2º lugar – Feminino – Ji-Paraná


RESULTADO DA BOCHA

1º Lugar Individual – Marilei B. Ribeiro – Apae – Ji-Paraná

2º Lugar por equipe – Feminino – Apae – Ji-Paraná

RESULTADO DA FUTSAL

1º Lugar DA – Masculino – CEEJA – Ji-Paraná

Nosso muito obrigado aos professores/tecnicos, professores/acompanhantes e professoras/ interpretes, vocês foram sensacionais ao extrapolar o limite do profissionalismo e deixar vir a tona muito amor, carinho e dedicação a todos os alunos.
A você Serginho e equipe da APAE, desejamos que Deus os abençoe sempre, dando-lhes saúde e infinitas alegrias por cumprir com tão nobre missão.

Jogos Escolares Especiais DA /DM

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

RONDONIA 6º LUGAR NO BRASILEIRO DE KARATÊ INTERESTILOS.


A seleção estadual de karatê Interestilos, composta de 35 atletas representantes dos municípios de Ji-Paraná, Rolim de Moura, São Miguel do Guaporé, Alvorada D’Oeste, Ouro Preto D’Oeste, Cacoal e Espigão D’Oeste superaram as expectativas com uma excelente participação no campeonato brasileiro de karatê interestilos, que aconteceu nos dias 13 a 16 de novembro no ginásio arena em Jaraguá do Sul –SC. Apesar de estar reduzido em numero de atletas a seleção de Rondônia surpreendeu os adversários com maior números de competidores, exe e conquistou 20 medalhas sendo 06 de ouro, 07 de prata e 07 de bronze confirmando que a qualidade técnica dos atletas rondoniense evolui a cada ano, resultado de um excelente trabalho realizado pelos professores das academias filiadas a FEKIR - Federação Estadual de Karatê Interestilos de Rondônia. Segundo o professor Agnaldo Souza a federação não conseguiu apoio para custear as despesas de transportes dos atletas que tiveram que recorrer aos empresários e comércios dos seus respectivos municípios. Agnaldo agradece a todos que acreditaram no sucesso do karatê rondoniense.

Um pouco de aventura nas aulas das séries iniciais.


Com a ajuda de uma corda e o apoio dos
amigos sobem na arvore para lançar-se na
tirolesa.


Aluna india da tribo Arara se preparando

para a descida na tirolesa



Atualmente é fundamental que a sociedade adquira conhecimentos e formem cidadãos com novas atitudes e valores em relação ao meio ambiente. Também fica notório que a sociedade organizada vem buscando alternativas para a preservação e melhoria da vida no planeta.

Muito se falou durante nas décadas passadas que o buraco na camada de ozônio da atmosfera e o efeito estufa iriam dificultar ou até por fim a vida humana na terra. Com esta catástrofe anunciada houve uma mobilização por parte da sociedade mundial, o que fortaleceu diversas entidades e organizações ambientais.

A partir daí inicia-se uma corrida em prol da preservação da vida e uma infinidade de reuniões, fóruns, congressos, convenções e conferências ocorreram a partir deste período, em níveis locais, regionais, nacionais e internacionais, culminando em diversos acordos, tratados, cartas, declarações, protocolos, normas, resoluções e planos. No entanto a implantação das mudanças responsáveis para reverter este caótico quadro encontra-se em ritmo muito aquém do desejado, pois as questões econômicas ainda prevalecem nos mais diversos fóruns de discussão sobre o futuro da vida no planeta.

Ciente de que o esporte se relaciona com a natureza principalmente através do movimento esportivo denominado Esportes da Natureza, que são atividades esportivas que se caracterizam pela interação de seus praticantes com o ambiente natural, ou seja, são praticados na terra, água ou ar, e dispostos a colaborar com informações benéficas a respeito deste problema e chamar a atenção de nossos alunos para a construção de um futuro mais propicio, ensinando a eles como conviver com o meio ambiente de forma a fazer uso e respeitar ao mesmo tempo, nos propusemos a desenvolver atividades que envolveriam Educação não só para o físico, mas para a mente, para sociedade e para o futuro da humanidade.

Com algumas cordas, uma simples carretilha, algumas arvores e um pouco de criatividade as aulas de Educação Física nas séries iniciais da E.E.E.F.M. Tupã em Nova Colina vem chamando a atenção dos funcionários e demais alunos. É que o professor Belmiro Barriviera titular da área naquele Estabelecimento de Ensino resolveu dar uma inovada em suas atividades e proporcionar um pouco de conhecimento ambiental e ao mesmo tempo mais aventura a seus alunos.

Estimulado com as aulas de Esporte da Natureza ministradas pelo Prof. Cezar Ricardo do Curso de Educação Física do CEULJI-ULBRA e contando com o apoio da Diretora da Escola Profª. Zenaide foram comprados com recursos da Escola 50 metros de corda de seda, em contrapartida o Professor adquiriu com recursos próprio uma carretilha e mais 12 metros de corda da mesma qualidade.

De posse deste material ficou fácil inovar as aulas dos pequenos com atividades naturais como trepar, equilibrar, balançar, deslocar em situação acima da base terrestre e até lançar-se em queda livre. Com isso estamos criando situações que vem quebrando paradigmas como: tenho medo de altura, não consigo fazer isso, ele não consegue porque é gordo, se cair vai se quebrar todo, entre outros que vocês já conhecem.

Vamos conhecer mais um pouco do trabalho do Prof. Belmiro


Momento de queda livre proporcionado pela
descida na tirolesa..jpg



Passagem pela falsa baiana, no máximo dois
alunos por vez..jpg



Com a ajuda do professor alunos das series iniciais
se preparando para passar pela falsa baiana.jpg

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Dança Circular

3º Torneio de Xadrez - COOPEJI


No dia 01 de Novembro a Cooperativa de Educadores de Ji-Paraná realizou o 3º torneio de xadrez, tendo como finalidade dar continuidade ao projeto oficina de xadrez, onde vem intensificar as inter-relações sócio afetivas, educacionais e culturais entre os alunos.
Categoria até 11 anos;
1º lugar- José Vinícius Santos Araujo
2º lugar- Junior Alison Silva de Melo
Categoria de 12 aos 16 anos:
1º lugar- Jônatas Santos de Araujo
2º lugar- Airam Tales Melo Alves

Coordenadora - Profª Sandra Padilha Foganholo
Árbitro titular - Isac Aguiar Pereira
Colaboração - 3º ano B do Ensino Médio

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Reunião Pedagógica

Atenção professores de Educação Fisica, dia 3/11 Segunda-feira, das 7:30 as 11:30, na Ren estaremos realizando uma reunião pedagógica, se for possivel gostariamos de contar com a presença de uma supervisora da escola; a pauta será : estudo de textos; plenária e uma clinica de dança circular. Contamos com sua presença.

Fotos da 9ª Copa Eucatur de Karatê





9ª Copa Eucatur de Karatê






No ultimo final de Semana o Professor Aguinaldo realizou a 9ª Copa Eucatur de Karatê, com inúmeras academias do Estado de Rondônia. Foi um sucesso. Parabéns a vc Aguinaldo e toda a sua familia.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Olimpiadas Escolares Brasileiras

Atenção professores e atletas da modalidade de futsal do CEDUSP , voces embarcarão em Porto Velho no dia 5/11, retorno dia 12/11. Obs: ainda não sei o horário do voo, porém deixem tudo arrumado. Prof. Marlon por gentileza confirme se o ônibus do CEDUSP pode levá-los até P. Velho.

Outrossim, parabéns ao Prof. Antonio Carlos (jotão) por vencer o JOER Estadual e assim garantir a participação dos atletas em competição de nivel nacional. Valeu!!!

Mudança de data Jogos Especiais

Os jogos escolares especiais que seriam realizados no periodo de 28/10 a 01/11, foram transferidos para o periodo de 11 a 15/ de novembro.

Fotos do I Seminário de Arte e Educação Fisica






O I Seminário Estadual Interagindo Conhecimentos: Arte e Educação Fisica, realizado pelo Pdem/GE/Seduc, no período de 14 a 16/10, em Porto Velho, ofereceu as seguintes mesas temáticas:
1. Arte e Educação Fisica no curriculo do ensino médio e suas relações interdisciplinares
Palestrantes: Ms. Celio José Borges-Unir eDrª Cátia Mary Volp - Unesp
2. Educação Fisica e saúde no ensino médio: refletindo os conteúdos programáticos.
Palestrantes: Ms. Luis Gonzaga Oliveira Conçalves - UNIR e Dr Hélio Franklin Rodrigues de Almeida - UNIR
3. A escola como espaço, sociocultural e da diversidade.
Palestrantes: Drª Ivete de Aquino Freire, Drª LD. Cátia Mary Volp e Ms Eurly Kang Tourinho.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Se encante com as possibilidades de movimento

Quero compartilhar com vcs esta linda apresentação de dança, estimulando-os a refletir que cabe a nos profissionais de Educação Fisica explorar todas as possibilidades do corpo em movimento. Não limitem seu aluno apenas no movimento esportivo.

domingo, 19 de outubro de 2008

Mutirão de limpeza -Escola Nova Brasilia






O professor Edson Junior foi a luta para conseguir um espaço adequado para ministrar as aulas de Educação Fisica, conveceu a equipe gestora, alunos e pais a ajudar no mutirão de limpeza e assim conseguir um espaço para posteriormente construir uma quadra de volei de areia e campo de futebol. Vale lembrar que lá foi contruida uma super quadra coberta, porém as obras pararam e o piso não foi feito.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Capacitação

O I Seminário Estadual Interagindo Conhecimentos: Arte e Educação Física no Ensino Médio, acontecerá no periodo de 14 a 16/10/08, no Rondon Palace em Porto Velho.
Relação de Professores de Educação Fisica que estarão participando: Francisco Barros Filho, João Batista dos Reis Viana, Sueli Francelino da Silva, Gigliane dos Santos Azevedo, Nilza Maria Pereira,Vitoria A. L. Trigueiro, Claudete da Silva Reis, David Shockeness, Tania Mara Suematsu Vagetti, José Emilio Barriviera , Edivan Carlos da Cunha, João Bosco, Rosangela Vassoler Pires.
Obs: Os professores: Emilio, Edivan, Bosco e Rosangela, antes de buscar a passagem na rodoviaria passar na REN para pegar um oficio de substituição. Os demais já podem retirar suas passagens na rodoviaria. Obrigado. Tania

Jogos Escolares Especiais DA /DM

Os jogos escolares especiais previsto para o periodo de 22 a 26/10, foram transferidos para o periodo de 28/10 a 01/11, na cidade de Ariquemes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O futebol brasileiro e suas contradições

Diante de uma Copa do Mundo de Futebol o País se prepara para esse evento de uma forma mais intensa do que faria em qualquer competição de outra modalidade esportiva. Nesse momento, podemos confirmar a importância que o futebol possui no País, ocupando o papel de esporte nº 1, ou paixão nacional. É o chamado esporte bretão que mais movimenta as massas, mobilizando a energia torcedora de cada um dos brasileiros. Numa época de Copa do Mundo, é o futebol que acaba atualizando e renovando o espírito de nação, aliás, tão pouco praticado ultimamente pelo sofrido povo brasileiro.

Aí surge a pergunta que intriga a todos os estudiosos e torcedores desse esporte: como foi possível uma modalidade esportiva surgida na Inglaterra, trazida ao Brasil em 1885, ter se tornado já nos primeiros anos do século 20 uma prática extremamente popular? Essa popularização é ainda mais impressionante quando lembramos que a divulgação de eventos esportivos era muito limitada, uma vez que a televisão, hoje a grande responsável pela transmissão de espetáculos esportivos, ainda não existia.

De fato, o futebol é o principal esporte nacional, seu estilo de jogo é referência mundial e os principais jogadores brasileiros são ídolos em todas as partes do planeta, sendo disputados por equipes de vários países. Ronaldinho talvez se torne o principal atleta do mundo na atualidade. Da mesma forma como o foram, retrospectivamente, Romário, Zico e Pelé.

Como todos sabem, o futebol chegou ao Brasil por meio de jovens de classe alta e as primeiras equipes apareceram nos clubes cujos sócios representavam a elite da sociedade da época. Entretanto, já nos primeiros anos do séc. 20, começaram a surgir equipes de futebol não pertencentes a colégios, fábricas ou clubes sociais de elite, tais como a Ponte Preta, em 1900, o Corinthians, em 1910, além de outros. Era o início da tomada do futebol pela população brasileira, não apenas os representantes da classe alta. Em 1923, no Rio de Janeiro, o Vasco da Gama venceu o campeonato estadual com um time composto por negros e mulatos – e pobres –, fato que incomodou dirigentes e torcedores que ainda tentavam manter o futebol como um esporte branco e de elite. Era a vitória da técnica dos jogadores populares sobre a imposição elitista ainda presa à tradição britânica. Em 1933, foi adotado o profissionalismo com grande resistência daqueles que ainda pretendiam um certo purismo no futebol brasileiro.

O futebol brasileiro alcançava, nessa época, estrondoso sucesso nacional, escapando ao controle de dirigentes de clubes ou diretores de escolas estrangeiras ou donos de fábricas para ser praticado nas praias, campos de várzea, enfim, por todo o País. Já se via grandes platéias assistindo a jogos de futebol. A terceira Copa do Mundo de Futebol, realizada na França em 1938,
consagrou o estilo de jogo brasileiro, levando o país à terceira colocação na competição, destacando justamente jogadores negros como Domingos da Guia e Leônidas da Silva, estrelas principais dessa equipe.

Várias explicações podem ser atribuídas a essa popularização do futebol brasileiro, uma delas seria o alto contingente negro na população nacional. Assim, seria próprio dos negros uma disponibilidade corporal que os levaria a praticar atividades físicas rítmicas de forma mais coordenada. Nessa linha de raciocínio, explica Várias explicações podem ser atribuídas a essa popularização do futebol brasileiro, uma delas seria o alto contingente -se também a prática da capoeira, do samba e de outras danças originárias do continente africano. Os defensores dessa teoria defendem as vantagens atléticas dos negros em competições esportivas, utilizando-se de vários jogadores negros como exemplos, destacando-se, dentre ele, Pelé.

O problema dessa teoria é que ela remete a explicação da popularização do futebol no Brasil para o componente biológico da população negra, como se houvesse um gene para o futebol. .

Foi isso que se verificou com o Vasco da Gama, que teve que admitir jogadores negros para conquistar o campeonato do Rio de Janeiro de 1923. É ilustrativa aqui a lembrança de que, por essa época, alguns negros tinham que ser embranquecidos com pó de arroz, a fim de não parecerem tão negros quanto eram e, assim, serem aceitos pelos sócios brancos dos clubes.

Uma outra linha de explicação para a popularização do futebol brasileiro seria a facilidade de prática desse esporte, quer em termos de regras, como em termos de espaço e equipamentos. De fato, as regras do futebol são de fácil compreensão em relação aos outros esportes. Sua prática pode dar-se em qualquer lugar – campo, quadra, praia, terreno baldio, rua – e a bola, o único material obrigatório, pode ser representada por uma bola de meia, de plástico, uma lata, uma tampinha, etc. Com uniforme completo ou não, com bola de couro ou não, em um campo demarcado ou não, todos jogam futebol.

Entretanto, essa facilidade de prática do futebol, se pode ser considerada facilitadora para a popularização, não parece ser absoluta para podermos compreender a grande fama deste esporte no País, uma vez que outras modalidades esportivas teriam chegado ao País na mesma época que o futebol, exigindo também poucos implementos e regras de fácil compreensão. De qualquer forma, não parece promissor explicar o futebol pelo que o diferencia das outras modalidades.

Nem explicação biológica (as vantagens da raça negra), nem explicação funcionalista (a facilidade da prática do futebol). Sem entrarmos no mérito das duas teorias citadas acima, parece ter havido uma combinação entre o código do futebol e o contexto cultural brasileiro.

Em outros termos, o futebol demandaria um estilo de jogo, uma exigência técnica, uma eficácia e uma eficiência, que se adequaram às características culturais do povo brasileiro.


Assim, o novo esporte que chegava da Inglaterra não oferecia apenas momentos lúdicos de lazer aos seus praticantes, mas permitia principalmente a vivência de uma série de situações e emoções típicas do homem brasileiro. Isto explicaria o alto poder simbólico que o futebol foi adquirindo ao longo do séc. 20 passando a representar o homem brasileiro, da mesma forma que o fazem outros fenômenos nacionais, como o carnaval, por exemplo.

Faça uma experiência: observe quantos minutos são dedicados ao futebol e aos outros esportes nos programas de TV e quantas páginas nos jornais impressos.

Vamos citar o filme Boleiros sobre futebol. E existe uma música do grupo Skank sobre o tema. Você é capaz de lembrar de mais alguma música, filme ou novela que tenha enfocado o futebol?


Basta observarmos o quanto o futebol está presente em nossas vidas. Quantas músicas retrataram o futebol; quantos filmes, peças de teatro e novelas tiveram o futebol como personagem principal ou como cenário para suas tramas; quantas horas diárias a imprensa televisiva e radiofônica gastam com o futebol; quanto espaço diário de jornal é dedicado a esse esporte, em detrimento da cobertura de outros; quantas emissoras de rádio transmitem o mesmo jogo nas tardes de domingo. A final do campeonato brasileiro de futebol de 1997 entre Vasco da Gama e Palmeiras levou ao Maracanã mais de 100 mil torcedores, além de muitos outros que acompanharam o jogo pela televisão, ao vivo, ou pelas retransmissões posteriores. Regularmente muitos torcedores acompanham seu time, chegando a viajar para apoiar seus jogadores.

Um dado da grandeza dos números do futebol brasileiro é a afirmação constante de que um estádio com 10 mil pessoas estaria vazio. Ora, em qual outro esporte um contingente de torcedores como este seria considerado pequeno? Essa afirmação parece decorrência da grandeza de construção dos estádios de futebol espalhados pelo Brasil, muitos deles, de tão grande que são, jamais têm sua lotação esgotada.

É interessante observar como nosso cotidiano está impregnado de termos futebolísticos, tais como “pisar na bola”, “fazer o meio campo”, “dar um chute”, “bater na trave”, “fazer um gol de placa” e assim por diante. Essas gírias são utilizadas por todos, mesmo aqueles que não são torcedores fanáticos. O fato é que essas expressões foram incorporadas pela sociedade brasileira, tendo claro significado no cotidiano de todas as pessoas.

Um outro exemplo da popularidade do futebol é a fidelidade dos torcedores aos seus times. Ainda que a fase não esteja boa ou que a equipe caia para a segunda divisão, o torcedor não muda de time. Sofre com ele, acreditando em dias de sucesso, tornando-se ainda mais fanático. No Brasil,
essa fidelidade vem desde o dia do nascimento, quando o garoto recebe um nome, uma religião e um time de futebol para o qual vai torcer a vida toda. Fidelidade que está expressa na porta do quarto da maternidade, quando os pais penduram um par de chuteiras e um uniforme em miniaturas, representando o time de futebol da família.

Ao longo da infância, há um contínuo processo de inculcação de valores e hábitos positivos sobre o time da família e negativos em relação às equipes adversárias. Assim se aprende no nosso país a torcer por uma determinada equipe de futebol, diferentemente de muitas equipes de voleibol ou basquetebol que, como representantes de empresas, mudam de nome a cada temporada.

Para explicar o papel que o futebol representa no Brasil, estamos defendendo que houve uma combinação entre as exigências técnicas do futebol e as características socioculturais do povo brasileiro.

O futebol seria, ao mesmo tempo, um modelo da sociedade brasileira e um exemplo para ela se apresentar. Em outras palavras, o futebol constituir-se-ia, por um lado, uma imagem da sociedade brasileira e, por outro, um exemplo que daria a ela um modelo para se expressar.

O homem brasileiro comportar-se-ia na vida como num jogo de futebol, com chances de ganhar ou perder – e às vezes empatar –, tendo que se defrontar com adversários, tendo que respeitar certas regras, mantendo respeito por uma autoridade constituída, jogando dentro de um tempo e de um espaço, marcando e sofrendo gols, fazendo jogadas de categoria e cometendo erros fatais. Após uma derrota, haveria sempre a chance de se recuperar no próximo jogo.

É nesse sentido que Roberto DaMatta (1982) – um estudioso do futebol como fenômeno cultural brasileiro – afirma que cada sociedade tem o futebol que merece, pois deposita nele uma série de questões e demandas que lhes são relevantes. Assim, o futebol brasileiro não é apenas uma modalidade esportiva com regras próprias, técnicas determinadas e táticas específicas; não é apenas manifestação lúdica do homem brasileiro; nem tampouco é o ópio do povo, como preferem alguns.

Mais que tudo isso, o futebol é uma forma que a sociedade brasileira encontrou para se expressar. É uma maneira de o homem nacional extravasar características emocionais profundas, tais como paixão, ódio, felicidade, tristeza, prazer, dor, fidelidade, resignação, coragem, fraqueza e muitas outras.

Pois não é no futebol que o torcedor “machão” chega às lágrimas, tanto de alegria como de tristeza? Não é no futebol que a gente aprende que após uma seqüência de derrotas virá a redentora vitória? Não é no futebol que se aprende que não se pode comemorar antes que o juiz apite o final do jogo? Não é o futebol que ensina que não se pode entrar em campo “de salto alto”? Não é o futebol que ensina que não se deve subestimar o adversário? Não é o futebol que por vezes faz todas as emoções extrapolarem desordenadamente levando a confrontos físicos com torcedores adversários?

Com todas as contradições possíveis, o futebol brasileiro é uma forma de cidadania. Nesse sentido ele não é bom nem mau, certo ou errado, expressão generosa do povo brasileiro ou seu ópio. Constitui-se uma forma de o homem brasileiro se expressar. É, portanto, dinâmico, por refletir a própria sociedade brasileira.

As manifestações de dentro de um estádio de futebol, quer as da torcida, quer as dos jogadores, ou as dos dirigentes e jornalistas, não podem ser analisadas de forma desvinculada de todas as outras questões nacionais.Nesse sentido, a violência dos torcedores, por vezes exacerbada, não pode ser explicada de forma simplista como manifestação de alguns marginais, como querem alguns jornalistas esportivos. Ela constitui-se expressão da violência da sociedade brasileira por vezes reprimida em outras ocasiões.

Nesse sentido a questão mais oportuna parece ser: o que vem acontecendo com a sociedade brasileira ultimamente que tem gerado tantas expressões de violência nos estádios de futebol?

A partir do referencial teórico que entende o futebol como expressão da sociedade brasileira, é possível compreender algumas contradições presentes nesse esporte. Contradições essas que numa análise precipitada e descontextualizada refletiriam a pobreza ou a falência do futebol brasileiro, levando a propostas extremas de se acabar com o futebol ou substituí-lo por modalidades tidas como mais civilizadas. De fato, algumas pessoas referem-se ao futebol como um esporte arcaico, primitivo, opondo-o a modalidades mais modernas.

Ora, o futebol brasileiro, como qualquer outro fenômeno nacional, é e sempre será aquilo que a sociedade fizer dele, aquilo que os atores envolvidos – torcedores, dirigentes, imprensa, etc. – forem constantemente atualizando nele e com ele. O futebol não está em oposição à sociedade brasileira, mas junto dela, expressando-a e renovando-a, talvez mostrando algumas facetas que nós temos dificuldade de enfrentar e gostaríamos de esconder.


O Brasil é o único país participante de todas as Copas do Mundo e o único pentacampeão. Seu futebol é respeitado e temido por outras seleções. Somos o principal exportador de jogadores do mundo, jogadores que têm feito fama em vários países. Temos os maiores estádios de futebol do mundo. Entretanto, esses grandiosos números contrastam com campeonatos internos extremamente desorganizados, com equipes chegando a jogar até três vezes na mesma semana. O salário médio dos jogadores brasileiros é baixo, contrastando vultuosas somas de jogadores de grandes equipes com salários ridículos da grande maioria de profissionais espalhados pelo País. A grande maioria das equipes brasileiras está endividada, atrasando constantemente salários dos jogadores. Muitas equipes não conseguem manter o seu quadro de profissionais durante o ano, demitindo jogadores e o técnico após o final de cada campeonato. Muitos políticos utilizam-se do futebol para amealhar votos, investindo em alguns times em períodos eleitorais, deixando-os à míngua após as eleições.

A evasão de rendas tornou-se prática comum em quase todos os estádios, provocando risos e deboches toda vez que é anunciado, nos jogos, o público pagante sempre menor do que nossos olhos podem ver. Há os casos não raros de subornos de árbitros, bandeirinhas e até jogadores para “fabricarem” resultados.

A seleção brasileira foi alvo de grandes investimentos, na tentativa de conquista do inédito título de pentacampeão do mundo de futebol. Os métodos científicos de treinamento físico, técnico e tático, de apoio psicológico aos atletas, de cuidados médicos e dentários, de acompanhamento nutricional aos atletas, são contraditórios com um técnico extremamente supersticioso, que se considera predestinado ao sucesso e ironiza as contribuições científicas ao esporte. O mais interessante é que o componente supersticioso no futebol é reforçado pela própria imprensa e praticado constantemente pelos jogadores e torcedores. É importante lembrar que Cláudio Coutinho, técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, foi incompreendido por tentar dar cientificidade ao futebol brasileiro, aliando a técnica dos nossos atletas com contribuições da fisiologia e de pesquisas na área do esporte.

Talvez a principal característica do futebol brasileiro seja a rica mistura entre o jogo coletivo e o individualismo de nossos atletas. O futebol, como esporte coletivo, exige tática grupal para uma equipe obter vantagem sobre outra. Para isso é necessário que um time mantenha a posse da bola e a faça circular, procurando envolver o adversário, posicionando-se com vantagens para conseguir atingir o alvo. Mas isso não garante que a equipe marque gols e vença a partida. De fato, em muitos jogos ocorre claro domínio por parte de uma das equipes, sem que isso resulte em vantagem em termos de pontos. Pode mesmo ocorrer que uma equipe com menor tempo de posse de bola vença o jogo. Isso porque, além da dinâmica tática da equipe, é necessário o individualismo dos jogadores para vencer a defesa adversária.

Será que o destaque do futebol brasileiro não se deve à feliz combinação entre tática coletiva e tática individual? Ou, dito de outra
forma, numa relação entre o eu e o grupo, numa coragem individual para se libertar das imposições do jogo coletivo?


Ora, se as duas equipes jogarem rigidamente dentro de padrões táticos exaustivamente treinados, os jogos terminariam sempre empatados sem gols. Portanto, é necessário que um ou mais jogadores, em algum momento do jogo, liberem-se do esquema tático da equipe e ousem uma jogada individual. Essa ousadia pode resultar em fracasso e até na derrota da própria equipe, mas também pode dar certo e resultar num lance de grande beleza plástica e até em gol e vitória para a própria equipe.

É óbvio que isso pode levar ao modelo do jogador “fominha”, aquele que só pensa em si e não se preocupa com o sucesso da equipe. Seria uma distorção, ou exacerbação da necessidade de conciliação entre jogo individual e coletivo. Se isso for verdadeiro, poderíamos supor que essa característica do futebol brasileiro, contrastando virtuosismo técnico individual com anarquia tática coletiva, deve-se à própria forma de o homem brasileiro se dispor no mundo, conciliando e tirando vantagem da expressão individual sobre um plano coletivo. Poderemos aqui lembrar do jeito malandro tipicamente brasileiro. Como uma finta no futebol, o malandro é aquele que tem que dar um jeito para conseguir dinheiro, para levar alguma vantagem, para sobreviver apesar das adversidades, para conseguir, enfim, marcar gols. É óbvio que ele necessita do grupo, mas ele não anula sua expressão individual perante a do coletivo. Se isso pode não ser sempre vantajoso, tanto no futebol como na vida em sociedade, acaba dando a característica do próprio estilo de jogo brasileiro: ousado, individualista, pouco afeto às táticas coletivas e, por vezes, fascinante, uma vez que gera jogadas e jogadores interessantes.

Já que estamos falando de aparentes contradições do futebol brasileiro, não podemos deixar de falar dos ídolos que o futebol gera.

Um esporte com essa popularidade, ocupando grande espaço na mídia, gera, cotidianamente, novos heróis, que serão endeusados pela população, invejados, imitados pelas crianças e servirão de modelo para comportamentos da população. Pelé foi e ainda é um ídolo gerado pelo futebol, como o foram também Zico, Roberto Dinamite, Rivelino, Sócrates, Toninho Cerezo... e, hoje, Ronaldinho. Mas também são ídolos gerados pelo futebol Edmundo e Romário, jogadores que, apesar de sua incontestável capacidade técnica, são personalidades polêmicas, envolvendo-se em
brigas, dentro e fora do campo, discussões com jornalistas, acidentes e atitudes, no mínimo polêmicas. Edmundo é conhecido como “animal”, apelido que se deve menos à sua categoria no futebol e mais por suas ações intempestivas. É interessante lembrar que a carreira de Edmundo, sempre marcada por comportamentos polêmicos, nunca impediu sua transferência para outras equipes de futebol. Pelo contrário, sempre foi aclamado e idolatrado pelos torcedores, fato que sugere identificação com o craque.

Há uma contradição apenas aparente no fato de o futebol brasileiro atual gerar ídolos como Ronaldinho, por um lado, e Edmundo, por outro. Representam os dois lados da mesma moeda dos desejos humanos: ser ao mesmo tempo, calmo e rebelde, manso e feroz, bom e mau, humano e animal.


Isso é possível no futebol, que, como fenômeno cultural brasileiro, é construído e atualizado justamente para dar vazão a essas demandas emocionais da população brasileira. É nesse sentido que falamos que o futebol é expressão da sociedade e que cada sociedade tem o futebol como um espelho.

Um outro tema do futebol digno de análise é sua dificuldade em aceitar mudanças de regras, gerando também o que estamos chamando de falsa contradição. Porque, ao mesmo tempo em que algumas alterações mostram-se necessárias para o melhor desenvolvimento do jogo, elas não acontecem de fato, havendo resistências da torcida, de dirigentes, dos atletas, técnicos e jornalistas.

Alguém se lembra do basquetebol sem cesta de três pontos? Ou do voleibol e tênis sem tie--braker? Estas foram algumas das regras que fizeram com que a dinâmica de jogo desses esportes fosse alterada para melhor. Enquanto isso, o velho esporte bretão continua basicamente com as mesmas regras de quando foi criado há mais de cem anos. Durante a realização do torneio Rio–São Paulo de 1997, houve uma experiência de se limitar o número de faltas de cada equipe, havendo, a partir daí, a cobrança de tiro livre sem barreira. Já houve propostas de aumentar o tamanho do gol, de utilizar dois árbitros, de modificar para mais ou para menos o tempo de jogo, além de outras soluções criativas.

Se aceitarmos, mais uma vez, que o futebol é depositário de características culturais da sociedade brasileira, ainda que de forma inconsciente, podemos sugerir que a mudança de regras visando à modernidade no futebol faria com que ele perdesse o caráter incerto, casual, irreverente, improvável. Será que não é justamente isso que a sociedade deseja e projeta no futebol?

Um time tecnicamente inferior, com um pouco de sorte e defendendo-se bem, pode ganhar de uma equipe superiora, fato que dificilmente acontece no voleibol, por exemplo, onde uma equipe melhor preparada impõe sua superioridade técnica. Um jogador de futebol sem virtuosismo consegue superar sua falta de técnica por meio de esforço físico e escolhendo uma posição correta para jogar. No futebol, as regras permitem aos jogadores a posse de bola por tempo indeterminado, favorecendo a habilidade do jogador e permitindo que ele seja irreverente com a equipe adversária, desmoralizando-a. A torcida sabe disso e começa a gritar “olé”. Essa característica de posse de bola permite, também, diferentemente de outros esportes, a “cera”. Ou seja, o chamado antijogo de outras modalidades, no futebol é incorporado pelas regras, desde que ocorra com a bola em jogo.

O papel do árbitro no futebol também apresenta características interessantes. Diferentemente de outras modalidades, que incluem dois ou mais árbitros e mesa de anotação com responsabilidades de marcação do tempo de jogo e de faltas, no futebol, o árbitro é o senhor do jogo, com plenos poderes para marcar faltas, impedimentos, dando ou não desconto no tempo de jogo, decidir rapidamente se houve vantagem no lance por parte do jogador que sofreu falta, podendo até desconsiderar as marcações dos seus auxiliares. Esse poder absoluto do árbitro no futebol contrasta com a dificuldade que ele tem para marcar tudo corretamente e, freqüentemente, comete equívocos. Equívocos que revoltam os jogadores e a torcida, levam a brigas, expulsões e agressões, mas que, ao mesmo tempo, tornam o árbitro humano e falível. Afinal de contas, ele poderá também errar favorecendo a nossa equipe, e nesse momento será perdoado pelos erros anteriores.

A discussão que temos feito ao longo desse texto procura compreender o futebol como impregnado na sociedade e cultura brasileiras, expressando características e desejos do homem nacional, ainda que implicitamente. As tradicionais regras do futebol, que os brasileiros e a Fifa – entidade que foi dirigida por mais de vinte anos por um brasileiro – relutam em modificar, parecem refletir o jeito brasileiro de jogar e viver, permitindo a ousadia, a irreverência, a malandragem, o caráter incerto das ações, a superstição, a imprevisibilidade, a ousadia, a voluntariedade e a ambigüidade.

É nesse sentido que falamos das contradições do futebol brasileiro, apenas aparentes, se procurarmos compreender a lógica cultural desse importante fenômeno nacional. Não é o Brasil o país dos contrastes e das ambigüidades? Um país que, no dizer de Roberto DaMatta (1997), mesclou todas as raças e erigiu a mulata à condição de padrão nacional de beleza. Um país cujo povo consegue conciliar criativamente a superstição com a religiosidade e a ciência. Um país que, entre o não e o sim, entre o pode e o não pode, descobriu o jeitinho brasileiro como forma de vida. Um país que encontrou no futebol sua melhor tradução, fazendo dele uma de suas maiores expressões.

Este texto foi elaborado pouco antes da Copa do Mundo de Futebol da França, em 1998. Foi publicado, inicialmente, na revista eletrônica Lecturas: Educacion Fisica y Deportes, Buenos Aires, Ano 3, Nº 10, em Maio de 1998 (http://www.sportquest.com/revista). Posteriormente, em 2000, fez parte da coletânea Futebol: paixão e política, organizada por Paulo Cesar R. Carrano e publicada pela Editora DP&A. Em 2003, foi incluído na segunda edição da coletânea de Jocimar Daolio Cultura: educação física e futebol, Editora da UNICAMP. Nesta versão, sofreu pequenas alterações.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

TAUTOLOGIA

Saber não ocupa espaço, portanto, vale a pena ler....

Cultura ao alcance de todos. Vamos cuidar da nossa lingua portuguesa, com certeza.

A armadilhas da língua

Você sabe o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento
final
- certeza
absoluta
- quantia
exata
- nos dias 8, 9 e 10,
inclusive
- juntamente
com
-
expressamente proibido
- em duas metades
iguais
- sintomas
indicativos
- há anos
atrás
- vereador
da cidade
-
outra alternativa
- detalhes
minuciosos
- a razão é
porque
- anexo
junto à carta
- de sua
livre escolha
- superávit
positivo
-
todos foram unânimes
- conviver
junto
- fato
real
- encarar
de frente
- multidão
de pessoas
- amanhecer
o dia
- criação
nova
- retornar
de novo
- empréstimo
temporário
- surpresa
inesperada
- escolha
opcional
- planejar
antecipadamente
- abertura
inaugural
-
continua a permanecer
- a
última versão definitiva
-
possivelmente poderá ocorrer
- comparecer
em pessoa
- gritar
bem alto
- propriedade
característica
-
demasiadamente excessivo
- a seu critério
pessoal
- exceder
em muito .
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

Verifique se não está caindo nesta armadilha.